domingo, 12 de setembro de 2010

Homilia 24º Domingo do Tempo Comum - 12/09/2010


A mensagem da liturgia deste 24o. Domingo é a “alegria do perdão”.

Na 1a. leitura do livro do Êxodo vimos que Moisés conhecia o coração misericordioso de Deus e por isso implora o seu perdão para o povo infiel que pecou gravemente praticando a idolatria ao fabricar para si um bezerro de metal e se inclinar em adoração diante dele e lhe oferecer sacrifícios.

Deus se deixa convencer pela intercessão de Moisés e perdoa o seu povo. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado a fazer a seu povo”.

Mas, é sobretudo, nas duas parábolas, exclusivas do evangelho de Lucas, que Jesus retrata o rosto misericordioso do Pai. E, mais ainda, Jesus, ele próprio, é o rosto bondoso do Pai, que à semelhança do bom pastor, vai atrás da ovelha perdida até encontrá-la e ao encontrá-la a traz de volta aos ombros, ou como a mulher que festeja o encontro da moeda perdida.

Todos somos pecadores. Somos, de alguma maneira, um pouco idólatras como o povo de Israel que se esqueceu do verdadeiro Deus que o havia libertado da escravidão do Egito e o substituiu por um bezerro de metal.

Quantas vezes afastamo-nos de Deus, da Igreja, sob o pretexto de vivermos nossa liberdade, e nos tornamos escravos de falsos ídolos. Tornamo-nos escravos do dinheiro, do poder, do prazer...

Outras vezes, somos parecidos com aquela ovelha perdida que se desgarrou do rebanho, da comunidade, da família, para nos aventurar na busca da felicidade e da paz por outros caminhos, diferentes dos que aprendemos de nossos pais, da Igreja.

Deus é como o bom pastor, que em vez de punir a ovelha que se perdera e lhe causara tanto trabalho, vai a sua procura e quando a encontra, alegra-se, põe-na aos ombros e a traz de volta para a casa. Deus é como a mulher que ao encontrar a moeda perdida, em lugar de jogá-la fora, com raiva, chama as amigas para partilhar a alegria com elas, a alegria por ter achado a moeda que estava procurando.

Assim é o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo. A sua alegria, a sua glória está em perdoar e acolher o pecador, porque ele nos ama com amor de pai e de mãe.

Diante do amor infinito de Deus para conosco, devemos aprender também a perdoar os nossos irmãos. É o compromisso que fazemos ao rezar a oração do Pai Nosso: “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

“Deus não aceita o sacrifício dos que provocam a desunião”, diz São Cipriano. Ele nos despede do altar para que primeiro se reconciliem com seus irmãos: Deus quer ser pacificado com orações de paz.

Diante de tanta violência no mundo de hoje: seqüestros, assaltos, homicídios de tantos inocentes, injustiça social contra os mais abandonados, temos que proclamar em alta voz que o nosso Deus, o Deus dos cristãos é o Deus da ternura, da misericórdia, da bondade, do perdão.

E Deus continua com a sua misericórdia, entregando-se para a nossa salvação na Eucaristia, oferecendo-nos o seu perdão no sacramento da penitência e dando-nos a sua mãe, a Virgem Maria, como a Mãe da Misericórdia, como a nossa advogada, que está sempre intercedendo por nós para nos conduzir a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.

Um comentário:

  1. sou Antonio Maier,católico morro em nova prata do iguaçu pr,(antonio.maier@hotmail.com)atualmente,pertenço ao departamento de eventos de nosso município.gostaria de dizer ao D.Raimundo que me senti chamado a rezar por ele a algum tempo atraz,e isso me deichou feliz,pois ma senti útil a igreja e a Deus.gostaria de partilhar essa alegria.Deus os abvemçoe. até mais

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