segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

3º Domingo do Advento - Santuário Nacional


Estamos nos aproximando da Festa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo e a liturgia deste domingo nos convida, desde já, a nos alegrarmos, antecipadamente, pela celebração do mistério do amor infinito de Deus para conosco que se manifestou no nascimento de Jesus, o filho de Deus.

Este domingo é conhecido como o domingo “gaudete” o domingo da alegria e por isso, neste dia, no lugar do roxo, o celebrante pode usar paramentos de cor rósea.

A primeira leitura do profeta Isaias nos prepara para compreender melhor o evangelho de hoje. As promessas anunciadas por Isaías se tornam realidade na pessoa de Jesus. Os sinais realizados por Jesus dão testemunhos de que Ele é o Messias: “os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.”

João esteve na prisão e quando ouviu falar das obras de Jesus, enviou-lhe alguns de seus discípulos para lhe perguntarem: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro”? Em outras palavras, és tu o Messias, o enviado de Deus, ou devemos aguardar um outro?

João Batista esperava um Messias como um juiz implacável, pronto para condenar os pecadores. Naquele dia, os pecadores seriam eliminados do povo de Israel, por isso, a conversão era urgente: “O machado já está na raiz das árvores, e toda árvore que não der bons frutos será cortada e jogada no fogo”, proclamava João Batista no evangelho do domingo passado.

As noticias que João Batista tem de Jesus é de um Jesus acolhedor, misericordioso, pronto a perdoar, um Jesus que acolhe os pecadores e até se senta à mesa com eles. A missão de Jesus não vai pelos caminhos do castigo ou da repressão, mas pelos caminhos da bondade e da solidariedade para com todos os que sofrem na vida. João Batista já havia reconhecido o Messias na pessoa de Jesus ao afirmar: “Depois de mim, vem alguém com mais autoridade do que eu, e eu nem sou digno de amarrar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e o fogo”. Vendo porém que suas palavras e suas obras não coincidiam com suas expectativas, João Batista quer se certificar se Jesus é o que deve viver e por isso pergunta: “És tu que há de vir ou devemos esperar um outro”?

Ao responder a pergunta de João Batista, Jesus se declara como o verdadeiro Messias e Jesus define também a missão de João Batista. João é um profeta, o maior de todos os profetas, mas em Jesus se concretiza o Reino de Deus e aquele que acolhe este Reino, aquele que se torna discípulo de Jesus é maior do que João Batista.

Jesus não nega o seu poder de julgar, mas no momento, prefere apresentar-se como aquele que veio para salvar, para curar nossas feridas.

Jesus se dá a conhecer através de sinais modestos, simples. Deus ao nos visitar no Natal se fez o menor entre os homens. “Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus, como afirma São Paulo, na Carta aos Filipenses. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos” (Fil 2,6-7). A Eucaristia é um sinal eficaz da presença de Cristo. A fé, dom de Deus e ato livre do homem, é que nos permite entrar nos caminhos de Deus, muitas vezes, misteriosos e desconcertantes para nossa visão demasiada humana das coisas. Preparemos o nosso coração para uma confissão bem feita, para acolher Jesus que vem ao nosso encontro, neste Natal, especialmente, na Eucaristia, nos sinais simples e humildes do pão e do vinho, transformados no seu corpo e no seu sangue.

Hoje, 12 de dezembro, é Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da America Latina. Peçamos sua proteção para o nosso continente para que caminhe na paz com justiça social e na busca de uma integração, não só econômica, mas também, cultural e política entre nossos povos.

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