segunda-feira, 14 de março de 2011

1º Domingo da Quaresma - Santuário Nacional


Neste primeiro domingo da Quaresma os textos da Sagrada Escritura nos apresentam na primeira leitura do livro do Gênesis a admirável obra da criação do homem e da mulher, e como desde o início, eles foram infiéis à vontade de seu Deus e criador. O evangelho nos mostra Jesus colocado à prova pelo maligno que lhe apresentou um caminho que o afastaria da missão para a qual o Pai o havia enviado ao mundo.
Na sua carta aos romanos, Paulo estabelece um paralelo entre Adão e Cristo e afirma que “se pela desobediência de um só homem, a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará por uma situação de justiça”.

Como Adão e Eva, Jesus teve em sua vida muitas opções que podia escolher livremente. O maligno, o tentador, lhe apresentou um caminho agradável, atraente, fácil e com sucesso garantido entre os homens. O diabo insistiu três vezes com Jesus. Primeiro propôs-lhe a satisfação imediata de seus desejos materiais e a segurança de sua própria existência: “se és Filho de Deus, mande que estas pedras de transformem em pães”. Em seguida, propôs-lhe que provasse seu poder igualando-se a Deus: “se és Filho de Deus, lança-te abaixo daqui do alto do templo”. Finalmente, propôs-lhe reinar sobre a terra e dominar os homens: “se ajoelhares diante de mim e me adorares, eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória”.

Jesus rechaça as propostas do maligno e sai vitorioso porque sua força está na Palavra de Deus. Jesus escolhe o caminho que o levará a entregar sua vida livremente e por amor por todos nós e pela salvação da humanidade. As três tentações de Jesus no deserto resumem as tentações que experimentamos em nossa vida: a tentação do prazer que consiste na busca desenfreada da satisfação de nossos desejos materiais; a tentação do poder que consiste em querer igualar-se ou colocar-se no lugar de Deus; a tentação da posse que consiste no desejo de acumular riquezas e de deixar-se escravizar por elas.

O tempo da Quaresma nos convida a “tomar consciência da própria fragilidade para acolher a graça que liberta do peado e infunde nova força em Cristo, Caminho, Verdade e Vida” (Bento XVI). A Quaresma é um apelo a cada um de nós a combater o mal, o pecado em nossa vida, e nesta caminhada para a Páscoa, deixemo-nos guiar por Jesus Cristo na nossa luta e vitória contra o pecado.
Peçamos a Deus nesta eucaristia que é ação de graças com Cristo, por Ele e n’Ele, que não nos deixe cair em tentação, que não nos permita tomar o caminho que conduz ao pecado que nos afasta de nossos irmãos e, portanto, nos afasta também de Deus.

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