segunda-feira, 30 de maio de 2011

5ª Semana da Páscoa - Santuário Nacional


Minha saudação muito cordial a todos os diáconos permanentes da América Latina que estão participando do encontro continental em Aparecida. Para os nossos ouvintes recordo-lhes o que diz o Documento Conclusivo da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina sobre o Diaconato Permanente: “Os diáconos permanentes são ordenados para o serviço da Palavra, da caridade e da liturgia, especialmente, para o sacramento do batismo e do matrimônio; também, para acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente, nas fronteiras geográficas e culturais; onde, ordinariamente, não chega a ação evangelizadora da Igreja. Seu trabalho deve ser feito em fiel comunhão com o seu bispo, em unidade com os presbíteros e os demais membros do povo de Deus” (DA 205 e 206). “Devem ser apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos e em suas comunidades” (DA 208).

A leitura dos Atos dos Apóstolos que escutamos nos fala que Paulo e Timóteo não tiveram êxito em sua segunda viagem missionária. Deus tinha um outro projeto para eles. “Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente, estava de pé um macedônio que lhe suplicava: vem a Macedônia e ajuda-nos!” (At 16,9). Paulo e Timóteo deixam a Ásia e partem para a Macedônia, província no norte da Grécia e no continente europeu. É a voz da Europa pedindo ajuda! É o início da evangelização da Europa! Às vezes, Deus nos mostra o seu desígnio através de um fracasso, como aconteceu com Paulo e Timóteo. Podemos dizer que este fracasso de Paulo e Timóteo foi providencial, pois partiram para a Macedônia e iniciaram a Evangelização do Continente Europeu. Deus nos conduz também por caminhos tortuosos, como dizemos em português: Deus escreve certo por linhas tortas!

No evangelho, Jesus disse aos discípulos: “se fosseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia”. Todos sabemos que no evangelho de João a palavra mundo pode significar a realidade material que nos cerca, mas também, pode designar aqueles que não crêem em Jesus, aquele se opõem a sua missão.

Os discípulos de Jesus vivem no mundo, mas não são do mundo, isto é, não vivem conforme a mentalidade e o pensamento do mundo para o qual o importante são os valores materiais, o sucesso, o dinheiro, a aparência. Para os que são do mundo, a Boa Notícia do Evangelho, evangelho, o próprio Cristo são elementos estranhos que perturbam e incomodam, provocando, às vezes, agressividade, ódio, perseguição. A oposição a Cristo, ao seu evangelho e aos seus discípulos sempre existiu e sempre existirá, como afirma Jesus: “Se me perseguiram a mim, também, perseguirão a vós”

O mundo não é todo ele contra Cristo, como afirma o Evangelho. Há aqueles que acolheram Jesus e sua palavra no seu tempo e, hoje, são tantos em toda parte que acolhem a Igreja e sua mensagem. “Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa”.

As perseguições atuais não são como as de outrora, mas não são menos dolorosas. Vivemos num ambiente secularizado que procura ridicularizar os valores cristãos da vida, do matrimônio, da família; despreza a lei de Deus e os seus ensinamentos. Não devemos ter medo, pois como afirma Jesus: “todo aquele é Filho de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5,4).

Hoje, realiza-se, aqui, no Santuário, a 3ª. Romaria Nacional da Família, que tem como tema: Família, Pessoa e Sociedade. Você que está nos acompanhando nesta Celebração Eucarística está, cordialmente, convidado a participar desta romaria! A Família é a primeira sociedade humana natural, a primeira comunidade de pessoas, e é na Família que o homem aprende ser pessoa. Ela contribui de modo único e insubstituível para o bem da sociedade. Cabe ao Estado estabelecer políticas públicas em defesa e promoção da Família.

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