segunda-feira, 1 de agosto de 2011

18º Domingo do Tempo Comum - 31.07 - Santuário Nacional



Depois das parábolas sobre o Reino de Deus, Mateus, no evangelho de hoje, nos apresenta Jesus saciando a fome das multidões que o seguiam, e curando os enfermos que estavam entre eles.

O profeta Isaías, na primeira leitura, se dirige ao povo de Israel que está prestes a regressar do exílio e o exorta a não se contentar só com os bens materiais. “Porque gastar dinheiro com o que não alimenta e o salário com o que não pode satisfazer”? O profeta convida o povo a saborear também o que alimenta o espírito, a palavra do Senhor. “Inclinai nosso ouvido e vinde a mim; ouvi e tereis vida”.

No salmo responsorial, 145, nós rezamos o refrão, cantando: “Vós abris as vossas mãos e saciais os vossos filhos”.

São Paulo, na carta aos romanos, no trecho que escutamos, hoje, nos afirma que nem a fome ou outras tribulações podem nos separar “do amor de Deus por nós que nos foi manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Os gestos de Jesus e a sua oração na multiplicação dos pães e dos peixes para alimentar aquela multidão de cinco mil homens é prefiguração da instituição da Eucaristia: “pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuiu às multidões”.

Na Eucaristia, Jesus se faz alimento para nós, “o pão da vida”, penhor de vida eterna. A Eucaristia é o dom, por excelência, que Cristo deixou à sua Igreja, porque é o dom de sua pessoa na sua santa humanidade e da obra de sua salvação. A Eucaristia é o sacramento do amor que é Jesus Cristo que se doa a nós. E o amor é recebido para ser doado. Uma Eucaristia que não se traduz em amor aos irmãos, sobretudo, aos mais necessitados é fragmentária, quer dizer, incompleta, afirma o Papa Bento XVI. A bem-aventurada Madre Tereza de Calcutá compreendeu bem essa relação entre ser amado na Eucaristia e amar os outros. Na cidade de Calcutá, na sala do hospital onde suas Irmãs cuidam dos doentes terminais, ela escreveu na parede: “O Corpo de Cristo”.

Ao lado de pessoas que passam fome material, há também pessoas famintas e sedentas de bens espirituais, de valores para alimentar seu espírito. Quantas pessoas vivem na solidão, sem companhia, sem amor. Nossos recursos, também muitas vezes, como os dos discípulos do evangelho, são poucos para atender a fome material e espiritual de tanta gente, mas podemos oferecer o pouco que temos para aliviar o sofrimento de nossos irmãos e lutar para que todos tenham as mesmas oportunidades para alcançar condições dignas de vida, como convém aos filhos de Deus.

A Eucaristia manifesta a inesgotável bondade de Deus para conosco ao nos oferecer o próprio Cristo como alimento. Agradeçamos e louvemos a Deus nesta eucaristia por tão inefável dom.

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