segunda-feira, 14 de maio de 2012

6º Domingo da Páscoa - Santuário Nacional


Na primeira leitura deste domingo, do livro dos Atos dos Apóstolos, escutamos que Cornélio, centurião romano e pagão, converteu-se ao cristianismo com toda sua família e foi batizado por Pedro.

Pedro afirma que “Deus não faz distinção entre as pessoas e aceita quem pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença”. Enquanto Pedro falava, o Espírito Santo desceu sobre todos os que o ouviam.  É o Espírito Santo quem vai abrindo a Igreja para o novo,  sem perder a fidelidade ao essencial.  Os pagãos ao se converterem não necessitam de se submeter às práticas da lei judaica.

Na segunda leitura, São João nos dá a mais bela definição de Deus: “Deus é amor”. Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou primeiro e nos enviou o Filho Jesus como vítima  de reparação pelos nossos pecados e para que tenhamos vida e vida em  plenitude.

No evangelho, Jesus proclama para seus discípulos o mandamento central: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. O modelo do amor cristão é Jesus. O Pai ama o Filho e o Filho corresponde a esse amor realizando plenamente a vontade do Pai. Esse amor do Pai se estende, no amor de Jesus, a todos  os homens a ponto de dar a vida por todos. “Não há prova maior de amor do que dar a vida pelos amigos”.

A medida do amor para o discípulo de Jesus, é o amor sem limites, do próprio Jesus  que amou até dar a vida pelos outros. Vivendo o amor não somente conhecemos a Deus, mas nós nos tornamos executores do seu testamento e o testemunhamos como ele é verdadeiramente: Ele é amor.

O Documento da V Conferência de Aparecida afirma que, dentre os muitos lugares de encontro com Jesus Cristo, um deles é numa comunidade viva na fé e no amor fraterno. “Onde reina o amor Deus aí está”. No amor aos outros, Jesus se manifesta e se torna presente. O amor ao outro deve ser o distintivo do cristão, da comunidade cristã. Nossas comunidades, paróquias devem ser, como dizia o Papa João Paulo II, casa e escola de comunhão.

É o amor que dá vida.  Por isso, a Igreja, nós cristãos, discípulos missionários de Jesus Cristo devemos testemunhar e anunciar na família, na sociedade, por meio de nossas ações,  o amor de Cristo, para que os homens e todos os povos tenham vida e a tenham em abundância.  A Igreja cresce não por  proselitismo. Ela cresce por atração, pelo testemunho  de vida dos cristãos.  Como Cristo atrai a todos a si com a força do seu amor, que culminou no sacrifício da cruz, assim a Igreja cumpre sua missão, conformando-se em espírito e concretamente com o amor de Cristo.

Que Maria, nossa mãe, educadora e modelo de amor solidário,  fortaleça os laços fraternos em nossas comunidades, em nossas famílias e nos ensine a testemunhar uma Igreja samaritana, isto é,  cada vez mais solidária, fraterna e santa.


Neste 2º, domingo de maio, dedicado às mães, meus parabéns a todas as mães e que Maria, modelo de mulher e de mãe, inspire e proteja as mães, na vivência de sua sublime vocação ao amor e ao cuidado da vida, recebida como dom de Deus. 

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