segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Solenidade de Cristo Rei - Santuário Nacional


Já estamos celebrando nesta Eucaristia a liturgia da Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. A liturgia da festa  Cristo Rei nos convida a contemplar o mistério de Cristo, Senhor da História, Juiz e Salvador da humanidade. 

O texto do Apocalipse que escutamos apresenta Jesus como a testemunha fiel que nos revelou e nos revela que Deus é amor, Deus é Pai  e nós somos seus filhos pelo Espirito Santo derramado em nossos corações, que clama no nosso íntimo:  Abbá – isto é – Pai.  Jesus Cristo é o primeiro que ressuscitou dos mortos, venceu a morte, o pecado, o demônio e elevado aos céus à direita do Pai, Ele nos precedeu na glória dos céus, como prometeu aos seus discípulos: “quando eu for e vos tiver preparado um lugar,  voltarei para levar-vos comigo, para que estejais onde eu estou” (Jo 14, 2-3)

No evangelho, diante de Pilatos, representante na Judeia, de Cesar, imperador romano, Jesus não nega que é rei, mas afirma que seu reino não é deste mundo. Seu reino não tem origem na terra. Seu poder não se apoia na força, nem no poder deste mundo. Sua realeza vem do céu, é espiritual;  “é o poder divino de dar a vida eterna, de libertar do mal, de derrotar o domínio da morte” (Bento XVI).  Seu reinado se manifesta no amor, “amai-vos uns aos outros como  eu vos amei”; “não há prova maior de amor do que dar a vida pelos seus amigos.”  Seu reinado se  manifesta no serviço: “eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos.” Seu reino é um reino de paz: “felizes os que constroem a paz.”

Quem se tornou discípulo de Jesus, quem fez dele a opção de sua vida, deve assumir as mesmas atitudes de Jesus: testemunhar a verdade, a justiça,  a solidariedade, o amor e a  paz.  “Escolher Cristo não garante o sucesso segundo os critérios do mundo (poder, dinheiro, fama, prestígio), mas assegura aquela paz e alegria que só Ele pode dar.” (Bento XVI). 

Peçamos a Maria, Rainha do Céu e da Terra, que nos ajude  a seguir Jesus, nosso Rei, como Ela o fez e a dar testemunho Dele com toda a nossa existência.

No Brasil, inicia-se hoje a Campanha para a Evangelização promovida pela Igreja e se estende até o 3º. Domingo do Advento, dia da Coleta Nacional.  O  objetivo é despertar a corresponsabilidade de todo cristão pela missão evangelizadora da Igreja e pela sustentação  financeira da sua ação evangelizadora no Brasil e  no exterior. Não devemos nos esquecer que a Igreja  no Brasil,  além da ajuda especial à Igreja na Amazônia,  tem colaborado também com outras Igrejas Irmãs no exterior, principalmente, com o Haiti, o Timor Leste, e os  países da África de Língua Portuguesa.

Com esta Celebração Eucarística, estamos encerrando  o curso, chamado Curso Alpha (Seminário Bom Jesus) que tem como objetivo oferecer um método para o primeiro anúncio de Jesus Cristo, sobretudo, às pessoas que se afastaram da vida da comunidade eclesial, ou são indiferentes ou até rejeitam a pessoa de Jesus. Os participantes vieram de 11 países, incluindo o fundador  do Curso Alpha o Revdo. Nicky e sua esposa Pippa. 

No último Sínodo, no mês de outubro, em Roma, o Papa Bento XVI convidou o casal fundador do Curso Alpha, na França, para participar do Sínodo, o que significa um reconhecimento, por parte da Igreja, da validade desta experiência, oferecida pelo Curso Alpha que, sem dúvida, poderá contribuir com seu método para a Nova Evangelização e renovação pastoral de nossas paróquias.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

32º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional


A primeira leitura do primeiro livro dos Reis  e o texto do evangelho  que acabamos de escutar nos apresentam  duas pessoas que simbolizam, na bíblia, os desamparados: a viúva de Sarepta que socorreu o profeta Elias e a pobre viúva no templo, que deu duas moedas de esmolas e que não valiam quase nada.

De um lado, essas duas viúvas simbolizam os desamparados. De outro lado, são para nós todos, exemplos de generosidade, confiança na providência divina, solidariedade e gratuidade.

A viúva de Sarepta que tinha apenas um pouco de farinha e de azeite para preparar sua última refeição, para si e para seu filho, e depois esperar a morte, ofereceu de sua pobreza ao profeta Elias, suas últimas provisões.

“A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o Senhor tinha dito por intermédio de Elias”. Tanto Elias quanto a viúva, ambos confiados em Deus e generosos, tiveram comida por muito tempo.

No evangelho de hoje, Marcos mostra Jesus sentado no templo diante do cofre de esmolas. Ele observa como a multidão depositava suas moedas no cofre. Entre os que vem depositar sua oferta, Jesus presta atenção a uma mulher, “uma pobre viúva”, diz Marcos, que deu apenas duas moedas. Esta viúva, como todas as viúvas em Israel, que viviam à margem da sociedade, eram pobres, mas o seu gesto nos revela algo muito importante: suas mãos não guardavam o pouco que possui, mas  o que depositou no cofre, “era tudo aquilo que possuía para viver.” 

Perante Deus, as coisas não valem pela sua grandeza física, pelo seu valor material, mas pelo amor com que as fazemos e esta mulher colocou na sua oferta todo o amor porque deu aquilo que lhe faria tanta falta. Como diz Santa Terezinha do Menino Jesus: “Amar é dar tudo e mais ainda, é dar-se a si mesmo.”

Jesus obediente ao seu Pai, graças ao Espírito Santo do qual estava repleto, foi capaz de uma generosidade total. Deixou-se penetrar pelo Espírito Santo em toda a sua existência, inclusive, na sua morte, a fim de oferecer-se Ele mesmo para a salvação do mundo. 

Maria é também modelo para nós de entrega, disponibilidade e solidariedade. Ela repleta do Espírito Santo, fez de sua vida uma permanente oferenda a Deus: “Eis a serva do Senhor, faça-se conforme tua palavra” 

Peçamos ao Espírito Santo que faça de nossa vida uma permanente oferenda para a glória de Deus. A nossa vida, com tudo aquilo que ela encerra: trabalho, descanso, preocupações, alegrias, deve ser transformar numa liturgia, isto é, numa oferenda diária agradável a Deus, fazendo de nossa vida em união com Cristo, uma continuação da celebração da missa.  

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Festa de Todos os Santos


Em novembro, a Igreja do Brasil celebra duas datas importantes: a Festa de Todos os Santos e o Dia de Finados.

A Festa de Todos os Santos teve início no século IV e era dedicada somente a memória dos mártires. Mais tarde, tornou-se uma celebração em honra de todos aqueles que viveram nesta vida, fiéis aos ensinamentos de Jesus e já gozam da felicidade eterna. 

Os santos, porém,  não foram pessoas perfeitas.  Durante sua passagem aqui na terra, cometeram suas falhas e tiveram suas limitações,  tal como nós. No entanto, procuraram viver conforme  a  vontade de Deus, em comunhão com Ele,  procurando praticar o bem a caridade, a justiça, semeando a paz e o amor por onde passavam. 

Seja qual for o nosso estado de vida ou classe, somos chamados à santidade, pois é essa a vocação fundamental de todo cristão. “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito”. “Sede santos como vosso Deus é santo.”   

Na Festa dos Fiéis Defuntos (dia 02) recordamos, de maneira especial, os nossos entes queridos, que já passaram desta vida terrena para a outra vida. Esse dia não deve ser de tristeza, e sim, um momento propício para dirigir nossas preces pelos que já cumpriram sua missão aqui na terra, mas ainda precisam de purificação para entrar na alegria plena de Deus. 

Acima de tudo, é uma oportunidade de reafirmar nossa fé na salvação e  na vida eterna, pois por meio do batismo, tornamo-nos filhos e filhas de Deus e herdeiros do Reino dos céus. Deus  não nos criou para a morte, mas sim, para  a vida, e  vida em plenitude: “Os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e  o coração do homem não percebeu, tudo o que Deus preparou para os que O amam” (1 Cor 2,9).

Peçamos, pois, aos santos, nossos intercessores junto a Deus, que nos ajudem a imitá-los no seguimento de Cristo, a fim de que um dia, possamos chegar à glória eterna e participar, com todos os anjos e santos, da plena felicidade que Deus reserva para aqueles que O amam e O servem aqui na terra.