segunda-feira, 8 de abril de 2013

2º Domingo da Páscoa - Santuário Nacional


Estamos no tempo pascal, o tempo mais importante do ano litúrgico. É interessante observar que durante o tempo pascal a primeira leitura será sempre de textos tirados do livro dos Atos dos Apóstolos. 

O livro dos Atos dos Apóstolos nos convida a contemplar a expansão da Igreja que cresce como fruto da ressurreição de Cristo e da ação do Espírito Santo.

No texto de hoje, vemos que Pedro desempenhava papel importante no início da Igreja, gozava de muito prestígio e “o número dos que aderiam ao Senhor pela fé crescia sempre mais”.

A segunda leitura nesse tempo pascal será sempre do livro do Apocalipse. A mensagem principal desse último livro do Novo Testamento escrito por São João, na ilha de Patmos, é que a vitória de Jesus sobre a morte, e de seus seguidores, é definitiva. Jesus é o Senhor da história e da vida.

O evangelho dos domingos, no tempo pascal, será o de São João.

No evangelho de hoje, São João relata duas aparições de Jesus ressuscitado aos discípulos. A primeira, no dia da ressurreição do Senhor e a outra, oito dias mais tarde. Na primeira aparição, Tomé estava ausente e não acreditou no testemunho dos outros apóstolos e exige provas para acreditar na ressurreição de Jesus. “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 

A atitude de Tomé é parecida com a atitude do homem moderno que só acredita naquilo que pode observar, experimentar. Todos nós queremos dar razão de nossos conhecimentos. É um desejo natural. É claro também que a ciência não explica tudo e à determinadas questões somente a fé pode dar respostas satisfatórias. 

Jesus atende o desejo de Tomé e aparece novamente aos discípulos reunidos e desta vez Tomé estava com eles. Jesus convida Tomé a fazer a experiência física que para ele era importante: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”.

Tomé atesta que a aparição de Jesus não é uma ilusão, mas é o mesmo Jesus que, agora, após a sua morte na cruz, se manifesta vivo, glorioso, ressuscitado e faz a sua bela profissão de fé no Cristo ressuscitado, dizendo: “Meu Senhor e meu Deus”.

A nossa fé e a nossa felicidade, queridos irmãos, estão fundadas na fé e na experiência dos apóstolos. “Bem-aventurados os que creram sem terem visto”.

O Ano da Fé nos convida a aprofundar nossa adesão  à pessoa de Cristo. A fé não se baseia em  comprovações científicas, embora se baseie em sólidos  argumentos.  É um dom de Deus que não elimina certos requisitos de nossa parte, como a  abertura à verdade e afastamento de muitos preconceitos que nos impedem de aceitar a revelação de Deus que se manifesta a nós de muitas maneiras.

Convido a todos a rezar pela 51ª. Assembleia Geral dos Bispos do Brasil – CNBB – que começa no dia 10 de abril próximo e se conclui no dia 19. A assembleia se realiza em Aparecida, no Santuário Nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário