terça-feira, 27 de agosto de 2013

21º Domingo do Tempo Comum - Santuário Nacional

Estamos chegando ao final do mês de agosto. Neste domingo, estamos encerrando, aqui, em Aparecida, a 44ª Semana Vocacional promovida pela Rádio e Tv Aparecida e pelo Santuário. Certamente, muitas comunidades pelo Brasil afora nesta semana de oração pelas vocações e de reflexão sobre o tema geral: “Vocação e juventude” e seus diversos desdobramentos: a vocação humana, a vocação cristã, a vocação sacerdotal, a vocação à vida consagrada, a vocação para os diversos serviços na comunidade.

A 44ª Semana Vocacional deste ano quis dar prioridade a Juventude devido à Jornada Mundial da Juventude, realizada no mês de julho passado, no Rio de Janeiro.

É fundamental na nossa vida fazer um discernimento vocacional e  a partir de um discernimento feito com toda seriedade diante de Deus e da própria consciência, coadjuvado por alguém experiente e tendo em vista os dons que Deus nos deu, tomar a decisão mais acertada para realizar com alegria, na Igreja e na sociedade, a missão para a qual Deus nos chamou. Da boa escolha da vocação, depende a nossa realização e o bem que podemos fazer aos outros.

No evangelho, escutamos a pergunta que alguém dirigiu a Jesus: “Senhor, é verdade que são poucos os que se  salvam?” Alguns pensavam que somente o povo de Israel é que participaria  da vida eterna; para outros, somente os que observavam a lei  é que se salvariam. Jesus rompe esse esquema que reduzia a salvação a um número de pessoa que pertencia um determinado grupo religioso e mostra que o importante é “ser fiel na busca do reino e fazer a vontade de Deus.”

A imagem da “porta estreita” de que nos fala Jesus, alude, certamente, às muralhas que cercavam as cidades antigas para protegê-las contra os ataques dos inimigos. Para entrar na cidade havia uma porta larga por onde passavam as pessoas, os animais, carros de guerra. No tempo de guerra, essa porta era fechada e só ficava uma porta aberta, bem estreita e por onde podia passar somente uma pessoa.

À pergunta dos discípulos, Jesus não responde se serão poucos ou muitos os que se salvarão, mas convida a todos a corresponder ao amor de Deus. “Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita”.

Com essa parábola, Jesus quer nos dizer que  Deus quer a salvação de todos os homens, mas é necessário esforçar-se para fazer o bem, praticar os mandamentos e conformar nossa vida com o Caminho que é o próprio Jesus Cristo, Caminho, Verdade  e Vida e procurar viver uma vida coerente com a nossa fé, com a vocação que abraçamos.

Deus não nos obriga a nada. Ele nos oferece a salvação, mas não a impõe a ninguém. “Deus nos criou sem nós, mas não nos salvará sem nós”, disse Santo Agostinho. A parábola de Jesus é uma advertência não só para os judeus da época de Jesus, mas também, para nós hoje que vivemos numa sociedade marcada pela superficialidade, pela falta de coerência e de fidelidade aos compromissos assumidos com o estado de vida que escolhemos e com a profissão eu exercemos. 

Que Maria, a Virgem fiel nos ajude a permanecer firmes na fé que abraçamos no batismo e a testemunhá-la com alegria e coragem até o fim de nossa vida.

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