segunda-feira, 5 de agosto de 2013

17ª Semana do Tempo Comum - Santuário Nacional

Saúdo meus irmãos no episcopado, amigos do Movimento dos Focolares que realizam um encontro fraterno e de espiritualidade no centro Mariápolis, Diocese de Osasco.

A primeira leitura do livro do Levítico nos fala da instituição  do Jubileu que se celebrava a cada 50 anos pelo povo judeu e mediante o qual Deus colocava um limite à escravidão, à propriedade da terra. “Declarareis santo o quinquagésimo ano e proclamareis a libertação para todos os habitantes do país: será para vós um jubileu”. 

No ano do Jubileu os escravos recobravam a liberdade, as terras vendidas retornavam aos seus proprietários originários ou às suas famílias, as dívidas eram perdoadas. O Jubileu era uma forma  de buscar mais igualdade e justiça na sociedade, embora essa proposta nem sempre foi muita respeitada. 

Do Jubileu celebrado pelo povo judeu, deriva na Igreja os anos jubilares ou anos santos nos quais a Igreja oferece uma ocasião para obter o perdão da pena merecida pelo pecado, convida as pessoas a se aproximarem mais de Deus e a recobrar forças  para fazer o bem a que se é chamado.

Estamos celebrando desde outubro do ano passado o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI e que se prolonga até novembro próximo. É para nós cristãos um ano especial e somos convidados a nos convertermos mais para Deus, a aprofundar nossa fé em Jesus Cristo e a testemunhar esta fé no ambiente social em que vivemos e atuamos por uma vida coerente com os valores do Reino de Deus: a solidariedade, a justiça, o amor, a paz.

No evangelho, Mateus narra a prisão e a execução de João Batista, o precursor de Jesus, por ordem do rei Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande, que entrou para a história como aquele que mandou matar as crianças nos arredores de Belém, com a intenção de desfazer-se do Messias, o Menino Jesus, que ele considerava um perigoso competidor que ameaça o seu trono.

João Batista era um homem austero e totalmente  entregue a missão de preparar o povo judeu para  a chegada do Messias. Era um homem reto e corajoso, pois não  teve medo de dizer a Herodes que não lhe era permitido ter como esposa  Herodíades, a mulher do seu irmão Felipe.

Herodes, na festa de seu aniversário, encantou-se com a beleza e a dança de Salomé,  filha de Herodíades,  e  lhe prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. Instrumentalizada por sua mãe, Salomé  pediu a cabeça de João Batista. 
Herodes não conseguiu libertar-se da escravidão do seu juramento, mas sobretudo, libertar-se da escravidão do seu pecado de adultério, e ordenou, então, a execução de João Batista. 

Peçamos a Deus, nesta eucaristia, por todas as famílias para que superem suas dificuldades com a ajuda divina e vivam no amor e na fidelidade o seu matrimônio e por aqueles que são perseguidos por causa da sua fé ou por causa da sua luta pela justiça, para que a força de Deus os acompanhe sempre.

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