segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Triunfo de Maria, é nosso triunfo - Santuário Nacional

Em 1950, o Papa Pio XII atendendo ao pedido  de numerosos católicos, vindos de várias partes do mundo, proclamou através da Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus” que “a Imaculada Mãe de Deus, Maria sempre Virgem, depois de terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celeste”.

A Assunção de Maria não se encontra diretamente testemunhada na Sagrada Escritura, mas o fato do Magistério da Igreja ter definido a elevação de Maria aos céus em corpo e alma  como verdade de fé, deriva da tradição e da reflexão da Igreja sobre o papel de Maria na história da salvação. Desde o século IV existe textos litúrgicos e de Padres da Igreja que falam da Assunção de Maria e esta festa já se celebra desde o século VI. 

Maria que carregou no seu seio  o Cristo que é Vida; que ocupou um lugar todo especial no plano da salvação; que foi preservada do pecado original, não poderia ser entregue à corrupção.  

Na sua Exortação Apostólica sobre “O Culto á Virgem Maria”, o Papa Paulo VI, falando da Assunção  de Nossa Senhora, assim se expressa: “é esta a festa do seu destino de plenitude e de bem-aventurança, da glorificação da sua alma imaculada e do seu corpo virginal, da sua perfeita configuração com Cristo Ressuscitado. É uma festa, pois,  que propõe à Igreja e à humanidade a imagem e o consolador penhor do realizar-se da sua esperança final: que é essa mesma glorificação plena, destino de todos aqueles que Cristo fez irmãos, ao ter como eles em comum o sangue e a carne”. 
A solenidade da Assunção tem um prolongamento festivo na celebração da Realeza da bem-aventurada Virgem Maria, que ocorre oito dias mais tarde (22 de agosto), e na qual se contempla aquela que, “sentada ao lado do Rei dos séculos, resplandece como Rainha e intercede como Mãe”.

Cristo é o primeiro que vence plenamente a morte e o pecado com a sua ressurreição. A morte foi tragada  pela vitória da ressurreição de Cristo. Maria, mãe e perfeita discípula de Jesus, participa antecipadamente da vitória de seu Filho, tendo sido elevada à glória definitiva em corpo e alma.

Todos  somos chamados a ressurreição do corpo, e Assunção de Nossa Senhora nos recorda a todos a nossa meta final, que é o encontro definitivo com Deus. Incorporados a Cristo pela fé e pelo batismo, temos a esperança de poder participar do triunfo e da vitória de Cristo sobre a morte. 

Numa sociedade marcada por tantos sinais de morte, como a violência, as guerras, a exclusão social, a corrupção, e por uma mentalidade materialista que não enxerga nada além do horizonte deste mundo, podemos ser  levados ao desânimo, ao pessimismo, à desilusão.

Ao celebrar a festa da Assunção, somos convidados, ao contrário, a fortalecer nossa esperança, a  construir um mundo novo, sinal do Reino definitivo,  pois o Cristo Ressuscitado e sua Mãe, a Virgem Maria, assunta aos céus, são uma garantia de que o nosso destino não é a morte e sim a vida.  Este é o nosso futuro se percorrermos com Maria o caminho de discípulos e missionários  de Jesus. 

Ao celebrar a Assunção de Maria nós exultamos e agradecemos com Ela, porque a vida nos foi garantida para sempre com o  Cristo. Nós que ainda somos peregrinos, confiemo-nos à proteção de Maria: que Ela nos ajude a escutar a palavra de seu Filho e a colocá-la em prática e que sustente nossa esperança de nos encontrarmos um dia junto Dela no céu.  

Felicito a Editora  Santuário pelo lançamento do livro-álbum “Aparecida” que retrata através da fotografia de Fábio e Edna Colombini e dos  textos da conhecida e admirada escritora e poetisa Adélia Prado, a beleza dos painéis e vitrais do interior do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, obra do renomado artista sacro  Cláudio Pastro. O livro traz, também,   belíssimas imagens da expressão da espiritualidade popular. Parabéns aos idealizadores e realizadores desta maravilhosa obra. 

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