segunda-feira, 9 de setembro de 2013

7 de setembro - Romaria dos Trabalhadores - Santuário Nacional

São Paulo na carta aos Colossenses que escutamos na 1ª leitura, fala do contraste que existia na vida dos Colossenses, antes e depois da conversão a Cristo pela pregação do evangelho. Antes da conversão, os colossenses eram hostis a Cristo e praticavam ações perversas; agora foram reconciliados pela morte de Cristo, para se apresentarem diante dele santos, imaculados e irrepreensíveis.  

É normal que a pessoa que ofendeu alguém, procure reconciliar-se com o ofendido e não o contrário. No caso da nossa salvação, é Deus quem nos procurou primeiro e realizou a reconciliação pela morte e ressurreição do seu Filho Jesus Cristo.  É  a  extraordinária generosidade de Deus! Através de Cristo, Deus nos deu uma nova existência. Por meio dele, aquele que foi reconciliado com Deus, pode e deve levar uma vida santa, irrepreensível diante dele. 

Na carta aos romanos, Paulo exprime sua admiração diante deste modo de agir de Deus: “Quando ainda éramos pecadores, Cristo, a seu tempo, morreu pelos malvados; por um inocente talvez alguém morresse;  por uma pessoa boa talvez alguém se arriscasse a morrer. Pois bem, Deus nos demonstrou seu amor porque, sendo ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” (Rm 5, 6-8).

Deus tem uma proposta muito elevada e exigente para nós: ele quer que levemos uma vida digna e irrepreensível diante dele. Isso é possível com a graça que nos vem por meio de Jesus na oração e nos sacramentos.

Para isso, é necessário estar “alicerçados e firmes na fé”, isto é,  estar unidos a Cristo pela fé e pelo amor.”

No evangelho de hoje, Jesus afirma que é o senhor do sábado, o que significa que Ele é igual a Deus, porque foi Deus quem estabeleceu a lei do sábado como refere o livro do Gênesis. Esta igualdade com Deus é afirmada mais explicitamente no quarto  evangelho de João, quando Jesus foi criticado por alguns judeus por ter curado um paralítico no dia de sábado. Ele lhes disse: “Meu Pai continua trabalhando e eu também trabalho. Por este motivo, os judeus com mais empenho, tentavam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas além disso chamava a Deus de seu pai, igualando-se a Deus”  (Jo 5, 17-18).

Este ano de 2013 é um ano muito especial para a juventude: Fraternidade e Juventude foi o tema da CF, com o lema “Eis-me aqui, envia-me”, e em julho passado foi realizada a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco.  O tema foi: “Ide e fazei discípulos todos os povos.” A juventude é também o tema da romaria dos trabalhadores (as) e do grito dos excluídos.

Os jovens ainda são  maioria da nossa população (47 milhões de brasileiros de 15 a 29 anos – censo do IBGE 2010) e são um grande potencial para a renovação da sociedade e da Igreja.

As estatísticas revelam que os jovens  tem acesso restrito à educação de qualidade, dificuldades de inserção no mundo do trabalho, são as principais vítimas da violência, das drogas. Os jovens com seu dinamismo, criatividade, entusiasmo, com seus anseios por uma coerência entre fé e vida, tem muito a contribuir para o bem da sociedade e a Igreja.

Concluo com as palavras do Papa Francisco aos jovens no Rio de Janeiro, “ponha Cristo em sua vida e encontrarás um amigo em quem confiar; bote Cristo e você verá crescer as asas da esperança para percorrer com alegria o caminho do futuro; bote Cristo  e sua vida estará plena de seu amor, será uma vida fecunda e você não ficará desapontado.”

Rezemos pela nossa pátria, por todos os brasileiros, para que caminhemos na prosperidade, na justiça e na paz, sob a proteção da Mãe Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil. Em especial, peçamos a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, Rainha da Paz, a solução para a paz na Síria, no Oriente Médio, e para que os governantes, por meio do diálogo, da negociação, encontrem o bem de suas populações.

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